sexta-feira, 28 de maio de 2010

ATENÇÃO PAIS E PROFESSORES!!!

PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL X APRENDIZAGEM

                Acredito que para muitos professores esse assunto não é novidade, mas para quem não conhece poderá repensar sua prática em sala de aula. Alguns médicos conceituam como “Desordem” já outros denominam como “Distúrbio”. (DPAC – Distúrbio ou Desordem do processamento Auditivo Central) é a Disfunção da capacidade do indivíduo aprender a escutar com atenção e processar os estímulos sonoros, ou seja, é uma dificuldade em lidar com qualquer informação que chega pela audição.



              Se você é professor, é muito importante avaliar se durante o processo de ensino-aprendizagem o aluno apresenta características como:


             • Desatenção;

             • Distração;

             • Disgrafia, escrita desorganizada ou letra feia;

             • Dificuldade em atender um chamado ou precisa ser chamado várias vezes;

             • Dificuldade em localizar a origem dos sons;

             • Dificuldade em memorizar nomes, datas, números;

             • Dificuldades na fala (troca de letras);

             • Dificuldades escolares (matemática e português);

             • Dificuldades em distinguir a direita e a esquerda;

             • Dificuldades em aprender a ler e a escrever;

             • Dificuldades em entender corretamente o que lê;

             • Dificuldades no relacionamento, muito agitado ou muito quieto.

             As observações acima estão em qualquer indivíduo com DPAC, variando a faixa etária e ao nível de escolarização.


            É Importante enfatizar, que DPAC não deve ser confundido com surdez, a criança, o jovem, o adulto ou o idoso pode ter a audição normal e ter dificuldades para entender bem o que escuta, ou seja, DPAC está associado a dificuldades de aprendizagem. Para minimizar o atraso no processo de ensino-aprendizagem o indivíduo deverá ser avaliado através de exames audiológicos básicos e posteriormente avaliação específica do Processamento Auditivo, procedimentos realizados por médicos Fonoaudiólogos e Otorrinolaringologista, que encaminharão o paciente ao tratamento adequado a sua necessidade podendo ser terapêutico, Psicopedagógico ou Neurológico. Orientações básicas como: Chamar a atenção antes de conversar, falar pausadamente e bem articulado, usar frases mais curtas, usar palavras chaves, usar estratégicas verbais de repetição, usar atividades de interação com música, ajudam o bom funcionamento das estruturas do sistema nervoso central, ligados à atenção e a memória.

            Possíveis causas de DPAC: Alterações neurológicas (doenças neurodegenerativas, alterações causadas por anoxia), problemas congênitos (infecções congênitas: rubéola, sífilis, citomegalovírus, herpes e toxoplasmose), peso de nascimento inferior a 1.500g, alcoolismo materno ou uso de drogas psicotrópicas na gestação, genética, permanência em incubadora (UTI - Neonatal por mais de 48 horas), Otites (inflamação do ouvido) durante os três primeiros anos de vida, processos alérgicos respiratórios, tais como sinusites, rinites e até mesmo refluxo gastro-faríngeo estão associados).
          Independente do nível de escolarização e idade o acompanhamento médico terapêutico é fundamental para o indivíduo com DPAC manter uma vida saudável e de contínuo aprendizado.

          Pais e professores e demais envolvidos com a educação, fica a mensagem de ALERTA! Vamos observar o desenvolvimento e a aprendizagem dos nossos filhos e alunos, existem vários distúrbios que impedem o educando a desenvolver habilidades importantes, e a audição dita “normal”, às vezes pode esconder DPAC e prejudicar a vida escolar em qualquer fase e faixa etária. Observar, Avaliar e investigar! Garantir atendimento em sua especificidade é a melhor solução.

Juliane de Cássia Cunha de Oliveira

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